Ciclo de formação Artifício tem inscrições gratuitas, até 24 de junho, para sua terceira edição

Ciclo de formação Artifício tem inscrições gratuitas, até 24 de junho, para sua terceira edição
Flora Guerra – Foto de Bia Braz.

Percurso promove troca de ideias, saberes e experiências ao redor da produção de espetáculos musicais 

 

Direcionado àqueles que desejam explorar as técnicas de produção de eventos musicais, o ciclo de formação Artifício abre inscrições para a sua terceira edição. As atividades ocorrem, a partir de 8 de julho, de forma híbrida, e culminam em um show da multiartista Coral aberto ao público e produzido pelos alunos. Após passar pelo bairro Renascença e pela regional Barreiro, o projeto promove os encontros presenciais na Zap 18, no bairro Serrano de Belo Horizonte. As inscrições são gratuitas e vão até o dia 24 de junho.

 

Idealizado pela gestora e produtora cultural Ana Carolina Antunes, a primeira edição do Artifício ocorreu em 2022, já com o firme objetivo de unir formação e descentralização da cultura: “O Artifício traz esse espaço para que as trocas de saberes e experiências aconteçam, de forma inclusiva e acessível. A gente segue acreditando que este é um dos caminhos para um setor cultural forte e diverso: auxiliar na formação de novos profissionais”, comenta a idealizadora.

 

O ciclo envolve oficinas de cenografia, iluminação, produção artística, sonorização e acessibilidade. A primeira parte da programação envolve aulas teóricas online, às segundas e quartas, a partir das 19h30. Depois, parte para os encontros práticos no Zap 18, sábado e domingo. O espaço, na regional Pampulha, dedica-se para além das montagens teatrais, à formação de atores e à educação de jovens através da arte.

 

As oficinas serão conduzidas por especialistas, com ampla experiência no meio cultural: Rosane Lucas, intérprete de libras; Carolina Gomes, cenógrafa e diretora de arte; Flávia Mafra, iluminadora e gestora cultural; Renata Almeida, produtora artística e Flora Guerra, engenheira e técnica de som.

 

Encerrando o processo, os alunos podem colocar em prática as ferramentas aprendidas, com supervisão, no show de Coral, aberto ao público. “No Artifício, o investimento em formação volta para comunidade, em forma de arte. A gente entende a importância da prática no setor, de saber lidar com os imprevistos e com a correria no momento de um show, por isso esse encerramento é tão importante”, continua Ana Carolina.

 

A seleção privilegiará pessoas historicamente invisibilizadas, levando em consideração pessoas inscritas residentes em regiões periféricas, negras/pardas, indígenas, LGBTQIAPN+, pessoas surdas e mulheres.

 

Este projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.

 

HISTÓRICO DO PROJETO

 

A primeira edição do Artifício aconteceu em 2022, com aulas práticas no Galpão GM3, no Bairro Renascença. As oficinas foram colocadas em prática nos shows de Amorina e FLIP que, respeitando as restrições sanitárias da pandemia, foram feitos em gravação de vídeo. Em 2023, no Barreiro, o projeto culminou em apresentações de Laura Sette e Bayer LPZ, seguindo com a proposta de levar ao público os resultados do percurso formativo. Todos os eventos foram realizados fora da região central de Belo Horizonte.

 

SOBRE AS OFICINAS

 

Produção artística, com Renata Almeida

Tem como objetivo fornecer conhecimentos básicos sobre a produção artística de eventos. Proporcionar a familiarização com os termos, estruturas, profissionais envolvidos, planilhas e o trabalho de coordenação de palco. Um destaque na trajetória de Renata Almeida foi a sua passagem pelo Laboratório Fantasma em SP. Durante esse período, fez coordenação de produção e gestão de projetos da empresa, além de ter cuidado da produção do rapper Emicida. De volta a BH, trabalhou em eventos como a Virada Cultural, Planeta Brasil, Palco Hip Hop, Verbogentileza e com os artistas Fernanda Takai, Castello Branco e Aline Calixto. Atualmente, é Líder de Produto Criativo na Loggia, é um das coordenadoras do movimento Salve a Graxa BH, responsável pela Produção Artística da Do Brasil Live e gerencia a carreira do rapper Das Quebradas.

 

Iluminação, com Flávia Mafra

Explorando as técnicas de luz básica para shows e espetáculos, a oficina passa dos conceitos básicos de luz cênica até a prática de montagem e desmontagem. Flávia Mafra é iluminadora, produtora e gestora cultural há mais de 20 anos. Formada em gravura pela Escola de Belas Artes da UFMG, já estudou música, técnicas do palhaço e se aprofundou em estudos do corpo fazendo aulas de dança. Além disso, é fotógrafa de carnaval de rua de Belo Horizonte.

 

Sonorização, Flora Guerra

O objetivo da oficina é trazer informações e conteúdos técnicos básicos sobre o processo de sonorização de shows e espetáculos, como microfonação, fundamentos do áudio e passagem de som. Flora Guerra é engenheira e técnica de som com 15 anos de experiência no setor. Fundadora da produtora Maré áudio criativo, produz conteúdo sonoro da captação à pós produção para audiovisual, música e acessibilidade, além de atuar operando som ao vivo para shows e espetáculos. É realizadora e facilitadora da Oficina de Áudio para Mulheres da Música e professora de cursos técnicos de áudio.

 

Acessibilidade, com Rosane Lucas

A oficina tem como objetivo apresentar reflexões acerca da acessibilidade nos diversos eventos, relacionando o cotidiano dos projetos e espaços culturais com a promoção da inclusão e da diversidade. Rosane Lucas é filha, irmã, tia, sobrinha e prima de surdos, dizem que é intérprete desde o útero da mãe, mas oficialmente desde 2000, atua em áreas educacionais, audiovisuais, artísticas e da saúde, em instituições como PUC Minas, Rede Minas, TV Escola e IFMG.

 

Cenografia, com Carolina Gomes

Explora as ferramentas ao redor da cenografia para espetáculos musicais, do croqui ao desenho técnico, do ateliê para o palco. Carolina Gomes é arquiteta, cenógrafa, aderecista e diretora de arte. Formada em Arquitetura e Urbanismo pela UFOP. Estudou no Centro de Formação Artística e Tecnologia, Cefart – Palácio das Artes no curso técnico de cenotecnia. Responsável pela criação e produção de cenários em óperas, peças de teatro e shows. Assina a cenografia do espetáculo de formatura da escola de ballet do Cefart de 2023, produções da Orquestra Ouro Preto, além de campanhas publicitárias, como IVECO e Mart Minas.

 

SERVIÇO

Ciclo de Oficinas Artifício 2024

De 8 a 28 de julho

*Inscrições até o dia 24 de junho via formulário 

 

Programação

08/7 – Aula inaugural

19:30 às 21:30 –  via plataforma online

 

10/07 – Aula de acessibilidade

19:30 às 21:30 –  via plataforma online

 

15/07 – Aula de produção artística

19:30 às 21:30 –  via plataforma online

 

17/07 – Aula de sonorização

19:30 às 21:30 –  via plataforma online

 

22/07 – Aula de cenografia

19:30 às 21:30 – via plataforma online

 

24/07 – Aula de iluminação

19:30 às 21:30 – via plataforma online

 

27/07 – Aulas práticas

10:00 às 19:00

 

28/07 – Aulas práticas e show de encerramento, com Coral

10:00 às 20:00

Redacao

Apaixonado pela área acadêmica, Felipe de Jesus | Editor e Administrativo é Jornalista (Faculdade Estácio de Sá - BH/MG), Publicitário (Instituto Politécnico-SP), Teólogo (Faculdade ESABI), Sociólogo (Faculdade Polis das Artes), Economista (Universidade São Paulo), Advogado (FACSAL/Universidade Brasil-S.A), Perito Judicial (Jurídico) nas áreas de Cálculos Trabalhistas/Contábeis | Engenharia em Avaliação de Imóveis - venda e locação - (Faculdade Beta). Tem Mestrado em Comunicação Social: Jornalismo e Ciências da Informação (UEMC).

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