Empréstimo consignado sem autorização: como identificar e agir?

Empréstimo consignado sem autorização: como identificar e agir?

Advogada orienta o que fazer em caso de recebimento de crédito não autorizado

A Comissão de Direitos Humanos, aprovou recentemente o projeto que visa penalizar as instituições financeiras que realizem crédito consignado sem a devida autorização de servidores públicos ou beneficiários do INSS, estabelecendo  multas. Segundo a  PL 4.089/2023, a multa, de 10% do valor depositado indevidamente, será revertida automaticamente para o cliente.

A advogada e mestre em direito empresarial, Nara Rodrigues, explica que determinadas entidades financeiras estão adquirindo informações, de origem desconhecida, de indivíduos recém-aposentados e pensionistas, em desrespeito à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). “Com esses dados em mãos, elas liberam um empréstimo não solicitado em sua conta”, diz.

Ela ainda acrescenta que para descobrir se foi vítima do empréstimo consignado, é importante sempre conferir o extrato bancário. “Além disso, tenha sempre  o hábito de pesquisar sua situação financeira em canais do governo disponíveis na internet”, completa.  O beneficiário do INSS ou servidor público, ao identificar ter recebido empréstimo consignado sem ter solicitado, deve requerer à instituição a devolução da totalidade dos valores em 60 dias, por quaisquer de seus canais.

O que fazer se receber o crédito consignado sem ter solicitado?

  • Registre um Boletim de Ocorrência: vá até uma delegacia de polícia ou registre o BO online. Isso documentará o incidente e ajudará nas investigações;
  • Contate a Ouvidoria da Previdência Social do INSS: Ligue para o número 135 ou acesse o site oficial do INSS. Informe o ocorrido e registre uma reclamação. Eles podem fornecer orientações adicionais e investigar o caso;
  • Reclame no Banco Central: entre em contato com o Banco Central pelo número 145 ou acesse o site da instituição. Registre uma reclamação sobre o empréstimo não autorizado. O Banco Central supervisiona as instituições financeiras e pode tomar medidas apropriadas;
  • Consulte um Advogado:  procure um advogado especializado em questões financeiras. Eles podem orientá-lo sobre os próximos passos legais e ajudá-lo a proteger seus direitos.

Fonte: Nara Dias Rodrigues Miranda – advogada, sócia do escritório Rodrigues Miranda Advocacia e Consultoria. Mestre em Direito Empresarial | MBA Gestão Financeira, controladoria e auditoria | Graduada em Direito | Professora de graduação e Pós graduação – @Rodriguesmirandaadvocacia

Felipe de Jesus

Minicurrículo: apaixonado pela área acadêmica, Felipe de Jesus é Jornalista, graduado em Comunicação Social: Jornalismo pela Faculdade Estácio de Sá/MG | Pós-Graduado em Jornalismo Digital pela Faculdade São Camilo | Pós-graduado (Lato Sensu) em Relações Públicas - RP & Assessoria de Imprensa pela Faculdade E.M e Mestre em Comunicação Social: Jornalismo e Ciências da Informação pela UEMC. Advogado pela UNIESP S.A./MG-SP - Pós-Graduado em Direito Empresarial - Direito Público e Licitatório pela Faculdade Focus/PR - Extensão em Prevenção e Solução Extrajudicial de Litígios Familiares/Responsabilidade Civil pela Escola Superior de Advocacia - OAB Nacional/ESA. É Economista pela UNP/SP | Teólogo pela ESABI/MG | Sociólogo pela Faculdade Polis das Artes - FPA/SP | Técnico em Publicidade pela IPED/SP | Perito & Assistente Judicial Trabalhista - Contábil/Imobiliário pela Faculdade Beta Perícias/Pós-Graduação Jurídica | Atualmente cursa o Bacharelado em Farmácia (Ciências Farmacêuticas) pela Federal Educacional LTDA - UniFECAF - Centro Universitário. Tem duas obras literárias publicadas, sendo uma da área de Sociologia: Sociedade Conectada (2020) e outro na área Econômica: 10 Passos Para Alcançar a Estabilidade Financeira (2024).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *