Produção independente: como a medicina reprodutiva pode auxiliar nesse processo

Produção independente: como a medicina reprodutiva pode auxiliar nesse processo

 

Dra. Luciana Calazans – Credito Leo Horta.

Especialista da Pró-Criar explica as técnicas de reprodução assistidas disponíveis para quem opta por uma gestação monoparental

 

Com um mundo cada vez mais moderno e dinâmico, onde carreira e realizações pessoais são prioridade, o número de mulheres que optam pela chamada produção independente aumentou bastante. O CFM (Conselho Federal de Medicina) não possui dados concretos sobre isso, no entanto, estima-se que 19% das pacientes que buscam por doação de sêmen têm esse objetivo.

 

A produção independente, ou gestação monoparental, ocorre quando uma mulher decide engravidar e formar uma família mesmo sem ter um parceiro. “Em geral, são mulheres estabelecidas financeiramente, bem-sucedidas na carreira, mas que não encontram um parceiro para compartilhar a vida a dois e gerar filhos”, explica a Dra. Luciana Calazans, ginecologista e especialista em reprodução assistida da Huntington Pró-Criar.

 

Segundo a médica, são dois os tipos de tratamentos a que as pacientes podem recorrer: inseminação artificial e fertilização in vitro. A escolha do melhor método levará em consideração a idade da mulher, seu histórico de saúde, se houve alguma gravidez anterior, entre outros aspectos. “Importante ressaltar que os tratamentos para uma produção independente favorecem não apenas a mulher solteira, mas também homens solteiros e casais homoafetivos dos sexos feminino e masculino”, esclarece a especialista.

 

 

Mulheres solteiras que querem ser mães

 

Uma mulher que deseja ter um filho sem um parceiro, irá precisar da ajuda de um banco de sêmen. O anonimato é a principal característica dessa doação: a lei brasileira não permite que o laboratório revele a identidade do doador e, tampouco, que ele saiba para quem o seu material foi doado. Assim, é garantido que ele não fará parte da família.

 

A futura mãe, porém, consegue saber algumas características dos doadores, como altura, cor dos cabelos, dos olhos e da pele, tipo sanguíneo, profissão, origem étnica e hobby. No Brasil, é proibido por lei escolher o sexo da criança.

 

Na inseminação artificial, o sêmen coletado é inserido direto na cavidade uterina da mulher durante o período de ovulação. Já na Fertilização In Vitro (FIV), o óvulo e o sêmen coletados são fertilizados em laboratório, e apenas os embriões com mais chances de se desenvolverem são transferidos direto para o útero da mulher. A FIV é especialmente interessante para mulheres acima dos 36-37 anos ou com alguma alteração na fertilidade – já que as chances de sucesso são bastante altas, girando em torno de 30% a 40% por tentativa, dependendo da idade da paciente.

 

Casais homoafetivos femininos

 

Para os casais formados por duas mulheres, o material genético masculino também vem da doação de sêmen. No entanto, é preciso escolher qual das duas futuras mães irá doar os óvulos e carregar o embrião.

 

Caso nenhuma das parceiras possua problemas de infertilidade, é permitida a gestação compartilhada, ou seja, uma das mulheres irá doar os óvulos e a outra carregará o embrião. Como a idade é um dos principais fatores que interferem na qualidade dos óvulos, é aconselhável que se opte pelo material da parceira mais jovem. A futura gestante não deve ter problemas médicos, como hipertensão, diabetes, obesidade ou epilepsia.

 

A doação de sêmen por parte de um parente ou amigo das parceiras não é permitida.

 

Homens solteiros e casais homoafetivos masculinos

 

Homens solteiros ou casais homoafetivos masculinos que optarem pela produção independente e pela FIV irão precisar da doação de óvulos e de um útero de substituição para o procedimento de gravidez.

 

Após fertilizado e fecundado, o material é inserido em um útero doado temporariamente por uma parente consanguínea de até 4º grau (mãe, avó, irmã, tia ou prima). Na impossibilidade de um desses parentes passar pela gestação, o CFM analisará a possibilidade de outra pessoa próxima ceder o útero temporariamente.

 

 

Sobre a Huntington Pró-Criar

A Huntington Pró-Criar atua há 23 anos como especialista em reprodução assistida em Belo Horizonte. A clínica, que desde 2018 passou a integrar o Grupo Huntington de Medicina Reprodutiva, tem como objetivo primordial aliar procedimentos técnicos a um atendimento de excelência, primando pelo acolhimento aos seus pacientes. Fundada em fevereiro de 1999 pelo Dr. João Pedro Junqueira Caetano, especialista em Reprodução Assistida pela AMB/FEBRASGO, a Huntington Pró-Criar é formada por uma equipe multidisciplinar de ginecologistas, urologista, embriologistas, psicólogos e enfermeiras com larga experiência em todas as áreas da reprodução humana.

Felipe de Jesus

Minicurrículo: apaixonado pela área acadêmica, Felipe de Jesus é Jornalista, graduado em Comunicação Social: Jornalismo pela Faculdade Estácio de Sá/MG | Pós-Graduado em Jornalismo Digital pela Faculdade São Camilo | Pós-graduado (Lato Sensu) em Relações Públicas - RP & Assessoria de Imprensa pela Faculdade E.M e Mestre em Comunicação Social: Jornalismo e Ciências da Informação pela UEMC. Advogado pela UNIESP S.A./MG-SP - Pós-Graduado em Direito Empresarial - Direito Público e Licitatório pela Faculdade Focus/PR - Extensão em Prevenção e Solução Extrajudicial de Litígios Familiares/Responsabilidade Civil pela Escola Superior de Advocacia - OAB Nacional/ESA. É Economista pela UNP/SP | Teólogo pela ESABI/MG | Sociólogo pela Faculdade Polis das Artes - FPA/SP | Técnico em Publicidade pela IPED/SP | Perito & Assistente Judicial Trabalhista - Contábil/Imobiliário pela Faculdade Beta Perícias/Pós-Graduação Jurídica | Atualmente cursa o Bacharelado em Farmácia (Ciências Farmacêuticas) pela Federal Educacional LTDA - UniFECAF - Centro Universitário. Tem duas obras literárias publicadas, sendo uma da área de Sociologia: Sociedade Conectada (2020) e outro na área Econômica: 10 Passos Para Alcançar a Estabilidade Financeira (2024).

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