Funk You esclarece: quem faz o Carnaval de BH são os blocos

Com as tragédias causas pelas chuvas, discussões infundadas tomaram conta das redes sociais e o Funk You se posiciona: a retomada da festa momesca se deu graças aos blocos e, atualmente, ao financiamento por parte da iniciativa privada; a prefeitura não gasta, pelo contrário, arrecada e muito com a folia na capital

Após os estragos causados pelo grande volume de chuvas causarem prejuízos em Belo Horizonte, muitas pessoas foram para as redes sociais cobrar da prefeitura o cancelamento do carnaval para direcionar as verbas para a reconstrução da cidade e ajudar as famílias. Mas o que poucos sabem é que o executivo municipal não arca com nem um centavo para fazer a folia acontecer. Mesmo com a proporção que tomou, se tornando um dos principais destinos turísticos do país, o Carnaval da capital de Minas Gerais é viabilizado pelos blocos e com recursos vindos de patrocínio da iniciativa privada.

Para que o Carnaval de Belo Horizonte aconteça, é necessário um investimento de R$14,3 milhões e são os dois grandes patrocinadores que arcam com isso. Do total, R$6 milhões são repassados em verba direta e R$ 8,3 milhões em planilhas de estruturas e serviços, captado por meio de editais de patrocínio. O orçamento da Belotur é oriundo de investimento privado, sendo que, de toda a arrecadação, R$ 850 mil são destinados a blocos de rua por meio de editais.

O bloco Funk You é um exemplo de grupo que batalha durante todo o ano para garantir a diversão dos foliões em BH. Para que eles pudessem confirmar a presença na terça-feira de carnaval, na Avenida Afonso Pena, realizaram eventos com ensaios abertos, apostaram em produtos personalizados para comercializar e gerar mais uma fonte de recursos financeiros para o grupo. Para o idealizador do bloco, Lucas Moraes, as pessoas que estão pedindo o cancelamento da folia não sabem o que estão falando. “Para este ano a expectativa é que 5 milhões de foliões curtam o Carnaval em Belo Horizonte. Todo o investimento em infraestrutura e na realização dos desfiles, shows e demais iniciativas durante o período momesco é financiado pela iniciativa privada, por meio de dois grandes patrocinadores. Ou seja, sem nem um centavo dos cofres públicos. A prefeitura ajuda no sentido logístico, mas a viabilização é patrocinada”, explicou.

De acordo com Lucas Moraes o trabalho que o bloco vem fazendo, prima por obter múltiplas fontes de recursos, seja por ensaios abertos, vendas de produtos personalizados e shows fechados. Para ele, é muito injusto falar que o Carnaval consome dinheiro público. “Não estamos ajudando a gastar o dinheiro dos cofres da prefeitura. Pelo contrário, estamos ajudando a arrecadar mais e mais. O Carnaval gera empregos, ajuda a vender fantasias, movimenta hotéis e restaurantes”, pontuou.

Redacao

Apaixonado pela área acadêmica, Felipe de Jesus | Editor e Administrativo é Jornalista (Faculdade Estácio de Sá - BH/MG), Publicitário (Instituto Politécnico-SP), Teólogo (Faculdade ESABI), Sociólogo (Faculdade Polis das Artes), Economista (Universidade São Paulo), Advogado (FACSAL/Universidade Brasil-S.A), Perito Judicial (Jurídico) nas áreas de Cálculos Trabalhistas/Contábeis | Engenharia em Avaliação de Imóveis - venda e locação - (Faculdade Beta). Tem Mestrado em Comunicação Social: Jornalismo e Ciências da Informação (UEMC).

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