Transplante renal e vacina da Covi-19

Transplante renal e vacina da Covi-19

Pacientes renais crônicos foram incluídos no grupo prioritário do imunizante.

Há poucos meses, pessoas localizadas em diversas regiões do Brasil que sofrem com doença renal passaram a fazer parte do grupo de risco para o Novo Coronavírus e assim, estão sendo incluídos também na equipe prioritária da vacina contra a doença.

Luís Trindade é nefrologista e especialista em clínica médica, para ele, “uma conscientização sobre a vacinação em massa, para que a população geral entenda seus benefícios, como a redução da mortalidade pela doença e a diminuição do número de internações é de extrema importância para deixar a nação protegida e livre desse vírus mortal”.

A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) também comemora o passo à frente na medicina: “estamos satisfeitos com essa conquista, mas sabemos que a luta continua para que todos os Estados entendam a importância da vacinação para esse grupo. A SBN está há meses em contato com o governo num esforço conjunto e de apoio às suas regionais para que os pacientes renais possam receber a vacina e assim ficarem um pouco mais protegidos. Seguiremos firmes com o objetivo de alcançar a prioridade para todos os pacientes renais!”.

Em nota, a SBN alerta a população:

“Os receptores de transplante renal devem receber a vacina contra COVID-19 que esteja disponível em sua região. Os pacientes que tiveram COVID-19 suspeita ou confirmada por testes diagnósticos também devem ser vacinados. O melhor momento para receber esta vacinação deve ser avaliado pelo médico assistente. Pacientes transplantados renais não devem receber vacinas de vírus atenuados.

Nenhuma das vacinas contra COVID-19 disponíveis até o momento foi desenvolvida com esta técnica. As duas vacinas aprovadas pela ANVISA para uso emergencial em 17 de Janeiro de 2021 são as seguintes: Coronavac-Sinovac/Instituto Butantan: vírus inativo AstraZeneca/Oxford/Fiocruz: vetor viral não replicante. Não há informações suficientes indicando a superioridade de uma vacina sobre a outra.

Portanto, recomendamos que seja utilizada a vacina disponível. Não é recomendada a administração de vacinas de plataformas/ tecnologias/ fabricantes diferentes em um mesmo paciente.

À semelhança do que ocorre com diversas outras vacinas rotineiramente utilizadas em pacientes transplantados renais, é possível que a robustez da resposta imunológica à vacina seja inferior à de pacientes imunocompetentes. Ainda assim, a ponderação de risco x benefícios favorece a indicação da vacina. Para pacientes nos primeiros 3 (três) meses após o transplante ou em tratamento atual ou recente para rejeição aguda: o médico assistente deve ser consultado para avaliar o melhor momento para a vacinação.

Não há informações sobre a duração da resposta vacinal. Pacientes transplantados que receberam a vacina devem manter os cuidados rotineiros de higiene, uso de máscara e distanciamento físico. As recomendações acima apenas se aplicam para pacientes transplantados adultos”.

Os cuidados precisam continuar!

A eficácia da vacina contra o Novo Coronavírus não torna o indivíduo imune à doença, mas sim, com sintomas mais leves caso seja infectado. “Infelizmente, ainda estamos em um momento crítico da pandemia e precisamos redobrar os cuidados! Lembre-se que toda a sua saúde merece atenção nesse momento. Então, continue seguindo os protocolos de segurança: use máscara, higienize frequentemente as mãos com água e sabão ou álcool gel e evite aglomerações. Caso tenha algum atendimento agendado, conte conosco para preservar a sua segurança!”, elucida o nefrologista.

Fonte: Luís Gustavo Trindade é médico especialista em Clínica Médica pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG) no Hospital João XXIII. Possui título de especialista em nefrologia pela Sociedade Brasileira de Nefrologia. Possui especialização em transplante renal e transplante pâncreas-rim. Atualmente faz parte do corpo clínico da Rede Mater Dei de Saúde, atuando como clínico geral.

Felipe de Jesus

Minicurrículo: apaixonado pela área acadêmica, Felipe de Jesus é Jornalista, graduado em Comunicação Social: Jornalismo pela Faculdade Estácio de Sá/MG | Pós-Graduado em Jornalismo Digital pela Faculdade São Camilo | Pós-graduado (Lato Sensu) em Relações Públicas - RP & Assessoria de Imprensa pela Faculdade E.M e Mestre em Comunicação Social: Jornalismo e Ciências da Informação pela UEMC. Advogado pela UNIESP S.A./MG-SP - Pós-Graduado em Direito Empresarial - Direito Público e Licitatório pela Faculdade Focus/PR - Extensão em Prevenção e Solução Extrajudicial de Litígios Familiares/Responsabilidade Civil pela Escola Superior de Advocacia - OAB Nacional/ESA. É Economista pela UNP/SP | Teólogo pela ESABI/MG | Sociólogo pela Faculdade Polis das Artes - FPA/SP | Técnico em Publicidade pela IPED/SP | Perito & Assistente Judicial Trabalhista - Contábil/Imobiliário pela Faculdade Beta Perícias/Pós-Graduação Jurídica | Atualmente cursa o Bacharelado em Farmácia (Ciências Farmacêuticas) pela Federal Educacional LTDA - UniFECAF - Centro Universitário. Tem duas obras literárias publicadas, sendo uma da área de Sociologia: Sociedade Conectada (2020) e outro na área Econômica: 10 Passos Para Alcançar a Estabilidade Financeira (2024).

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