Usiminas equaciona perfil da dívida à capacidade de geração de caixa e se mantém focada na melhoria dos resultados

Usiminas equaciona perfil da dívida à capacidade de geração de caixa e se mantém focada na melhoria dos resultados

Em continuidade ao seu plano de revitalização, a Usiminas assinará, até a próxima segunda-feira (12/09), os documentos finais com instituições financeiras brasileiras e japonesas para renegociar R$ 6,3 bilhões (data base 30/06/2016), que representam cerca de 92% da sua dívida em renegociação. A empresa tem três anos para início das amortizações do valor principal, que será quitado sete anos após o final da carência.

A operação será concluída no prazo do standstill, que determinou a suspensão por 180 dias da exigibilidade das obrigações de pagamento do montante principal da dívida. Conforme Fato Relevante enviado hoje à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Conselho de Administração da Usiminas aprovou ontem, por unanimidade, as condições e garantias para renegociação da dívida, autorizando a Diretoria Executiva da Companhia a firmar os instrumentos definitivos com os credores, a serem celebrados até a próxima segunda-feira. Os termos já foram acertados com os credores brasileiros, japoneses e debenturistas.

“A conclusão desse complexo processo, que vem sendo conduzido ao longo dos últimos seis meses, marca um importante passo para a revitalização da Usiminas. Agora, a nossa gestão estará completamente voltada para a melhoria dos resultados da empresa, fator fundamental para a sustentabilidade do nosso negócio”, afirma Sergio Leite de Andrade, diretor-presidente da Usiminas.

CREDORES
Os credores são Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Nippon Usiminas, Japan Bank for International Cooperation, The Bank of Tokyo-Mitsubishi, Mizuho Bank e Sumitomo Mitsui Banking Corporation e debenturistas.

De acordo com o documento enviado ao mercado, a renegociação da dívida preserva as capacidades financeiras e operacionais da companhia, adequando o perfil de endividamento da empresa às perspectivas de curto, médio e longo prazo.

Para Sergio Leite, a renegociação da dívida, juntamente com o aporte de capital dos acionistas, concluído em julho, da ordem de R$ 1 bilhão, demonstra a confiança dos sócios e das instituições financeiras na Usiminas, bem como soluciona o fluxo de caixa da companhia, um dos seus maiores desafios.

MACRO PROJETOS
Leite destaca também que as ações de estruturação financeira da empresa estão associadas aos cinco macro projetos em desenvolvimento e implementação pelo Grupo dos 10 – time de profissionais de carreira da Usiminas criado pela diretoria, no final de maio deste ano, com foco no aumento da rentabilidade da empresa. “Somos o principal fabricante de aços planos do país e temos as condições necessárias para continuar ocupando o lugar de destaque que é da Usiminas no setor siderúrgico nacional”, disse.

Entre as ações em andamento estão o aumento da produção, melhoria do mix de vendas e redução dos custos fixos e variáveis da atividade industrial na Usina de Cubatão; melhorias em processos industriais, redução de custo operacional e aumento da performance na Usina de Ipatinga, que já opera com elevado índice de eficiência; desenho de uma nova estrutura organizacional na área de Recursos Humanos; revisão e ajuste dos contratos vigentes; e aumento de receita por meio do aumento de preços e do volume de vendas.

Redação Conteudo Mineiro

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