Alunas do Unileste vence concurso “Mãos à Obra”
Alternativas sustentáveis marcaram a 12ª edição da iniciativa
Os vencedores do concurso “Mãos à Obra” foram premiados nesta quarta-feira (07/09), no Expominas, em Belo Horizonte. Quatro alunas do Centro Universitário de Ipatinga (Unileste) ficaram em primeiro lugar com o projeto sobre argamassa sustentável, feita com pneus. As ganhadoras levaram o prêmio no valor de R$ 5 mil reais. O concurso faz parte da programação oficial do Minascon 2016.
As vitoriosas Paula Lopes Miranda, Izabela Alves Amorim, Luana Ferreira Campos e Jéssica Pereira Saar ficaram lisonjeadas com a primeira colocação. “Para a gente chegar aqui, nos capacitamos e preparamos muito”, relata Campos. Já para Miranda, bem mais do que o prêmio em dinheiro, ficou o aprendizado. “O Mãos à Obra é uma janela de oportunidades na qual podemos mostrar o nosso trabalho e conhecer novas tecnologias”, afirma.
Além de cursarem engenharia civil na Unileste, em Ipatinga, as jovens também participam do Futuros Engenheiros, programa do Sistema FIEMG que contribui para uma formação complementar mais prática dos estudantes de engenharia.
O segundo lugar do concurso ficou com os alunos da PUC Minas de Belo Horizonte. Eles idealizaram um projeto sobre o uso de argamassa de revestimentos feita com restos de obras de construção e foram premiados com R$ 2 mil reais. Já os terceiros colocados foram os estudantes do Centro Universitário de Belo Horizonte (Unibh). O grupo apresentou um trabalho sobre utilização de argamassa colorida com forma de prevenção de acidentes em instalações residenciais e comerciais.
Para Gustavo Charlemont, diretor do Sindicato das Indústrias de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias no Estado de Minas Gerais (Sindimig) e coordenador do “Mãos à Obra”, a iniciativa é um meio de incentivar o empreendedorismo entre os estudantes. “O objetivo do concurso é dar uma visão do que é ser empreendedor. O “Mãos à Obra” ajuda a fortalecer a cadeia produtiva ao reconhecer projetos que podem virar negócios”, enfatiza.
Teodomiro Diniz Camargos, presidente da Câmara da Indústria da Construção da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (CIC-Fiemg), avalia o concurso como uma forma de aproximação entre as universidades e o setor empresarial. “O segmento da construção precisa de novas ideias e modificações”, pontua.
O “Mãos à Obra” chegou a sua 12ª edição e teve a participação de 37 alunos dos cursos da área de engenharia. Após a seleção dos projetos na 1ª fase do concurso, oito trabalhos foram classificados e concorreram na 2ª etapa. Estes foram julgados por uma banca avaliadora, composta por representantes do SINDUSCON-MG, Siprocimg, CREA-MG, SEBRAE-MG, Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural em Minas Gerais (Abece-MG), Senge- MG, CAU-MG e Sindimig. Entre os oito projetos finalistas, dois foram desclassificados porque os integrantes não compareceram para apresentá-los.
Estas foram as instituições acadêmicas e seus respectivos trabalhos apresentados no concurso “Mãos à Obra”:
· Faculdade Pitágoras (Ipatinga): Projeto MACCAS – fabricação de tijolos pré-moldados a partir de rejeitos de mineração não tóxica.
· Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH): Projeto Argamassa Colorida – aplicação de argamassa colorida como prevenção contra acidentes em instalações hidráulicas e elétricas.
· Unileste (Ipatinga): Projeto de Argamassa Sustentável – comportamento da argamassa de revestimento com adição de borracha de pneu.
· Unileste (Ipatinga): Projeto de uso de Bambu na construção civil.
· Funorte (Montes Claros): Projeto FACILITAR – programa de impacto social relacionado a capacitação de pessoas de baixa renda em comunidades de MOC.
· PUC Minas: Projeto de argamassa de revestimento – Argamassa de revestimento produzidos com resíduos de obra da construção.