A empresa Socicam, que já atuava no aeroporto de Santana do Paraíso, venceu a licitação para administração e exploração do terminal aeroviário. Conforme a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), a previsão é que a assinatura do contrato de concessão ocorra no mês de novembro. A administração do aeroporto regional foi feita desde a sua fundação pela Usiminas, em 1959, que no início deste ano anunciou que se dedicaria somente à produção de aço e repassou o terminal para o Estado de Minas Gerais.
Com a nova gestão, estão previstas algumas alterações no aeroporto, pórtico detector de metais, ampliação e modernização do Terminal de Passageiros (TPS); construção do novo estacionamento de veículos com, no mínimo, 120 vagas; readequação da praça em frente ao TPS; ampliação, adequação e modernização da Seção Contra Incêndio – SCI; adequação e modernização do prédio administrativo, modernização do prédio da Estação Prestadora de Serviços de Telecomunicação de Tráfego Aéreo (EPTA); construção de no mínimo um novo módulo para despacho de cargas e encomendas; regularização da faixa de pista preparada da cabeceira 23; readequações paisagísticas; instalação dos Equipamentos Obrigatórios (PAPI, Farol Rotativo, CFTV, SIV, Climatização, Sonorização, Longarinas, Carros de bagagem).
O prazo do contrato é de 30 anos, no valor de R$ 293.680.550,22. Conforme o edital, as melhorias devem ser implementadas dentro de um ano, após a assinatura do contrato.
Solução
A saída da Usiminas da gestão do aeroporto localizado no distrito industrial de Santana do Paraíso ocorreu no mês de fevereiro deste ano. A venda de passagens chegou a ficar suspensa, em razão do impasse sobre quem administraria o terminal aéreo.
A Prefeitura de Santana do Paraíso informou que o município buscava uma solução junto a lideranças políticas para evitar o fechamento do termial, pois não poderia assumir os custos de sua manutenção e operação. A saída foi a concessão, pelo Governo de Minas Gerais, para que o terminal permanecesse em funcionamento. Um contrato de emergência foi firmado com a empresa que já atuava na gestão do aeroporto na época da Usiminas.
Na prática, a mudança da gestão era pleiteada por lideranças empresariais e políticas há alguns anos, em razão da necessidade de investimentos e ampliação do atendimento aos usuários. Uma das alegações de empresários e lideranças regionais é que, por não se tratar de sua atividade fim, a Usiminas não investia no local.
Atualmente, somente a Azul Linhas Aéreas opera na região, com voos para o aeroporto de Confins, na Região Metropolitana do Vale do Aço. A expectativa é que, com os investimentos, seja ampliada a oferta de voos.
Fonte: Diário do Aço