Ainda não há previsão de encerramento da greve dos bancários, iniciada no dia 6 de setembro. Isso porque representantes dos trabalhadores e dos bancos ainda não chegaram a um acordo. Na região, aproximadamente 50 agências estão fechadas, conforme explicou o presidente do Sindicato dos Bancários de Ipatinga e Região (Seebi), José Carlos Bragança. Ele acrescenta que, apesar da paralisação, os clientes não são impedidos de entrar nos bancos, entretanto, o atendimento está reduzido.
Balanço da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) aponta que a greve fechou 13.385 agências, em todo o país. A paralisação fechou ainda 40 centros administrativos.
A Confederação aponta que os bancos reapresentaram a proposta que já haviam feito na reunião no dia 13, que terminou sem acordo. No dia 9, os bancários haviam recusado outra proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A Federação informou que a população tem à sua disposição uma série de canais alternativos para realizar transações
A categoria havia rejeitado a primeira proposta da Fenaban – de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A proposta seguinte, também rejeitada, foi de reajuste de 7% no salário, PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3,3 mil.
Os sindicatos alegam que a oferta não cobre a inflação do período e representa uma perda de 2,39% para o bolso de cada bancário. Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial – no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.
Vale do Aço
O presidente do Seebi, José Carlos Bragança, destaca que a greve continua normalmente e esclareceu que os clientes não são impedidos de entrar em agências bancárias. Recentemente, clientes de alguns estabelecimentos reclamaram que teriam sido barradas ao tentar utilizar a parte interna das unidades, onde ficam os gerentes e caixas.
“Os clientes podem entrar, não tem é pessoal para atender, mas o autoatendimento está funcionando normalmente. Algumas agências estão com problemas no sistema, aí não tem como. O cliente está sendo orientado, avisamos que não tem caixa e gerente. Soubemos de um caso de cliente querendo agredir alguém do sindicato, mas, fora isso, tudo está correndo com tranquilidade”, afirmou.