Fonoaudióloga orienta sobre os cuidados falar com pessoas com perda auditiva
O envelhecimento natural é uma das principais causas da perda de audição. O indivíduo que passa por esse problema vê a sua qualidade de vida diminuir, afinal, deixar de ouvir sons, seja de forma parcial ou total, muda radicalmente as relações sociais. Muitas vezes, a consequência da perda auditiva é um indivíduo triste e excluído da sociedade. E é normal que as pessoas que escutam sem alterações fiquem confusas quando lidam com pessoas com essa condição.
Nesse contexto, a família tem um papel fundamental, pois é ela que deve oferecer ajuda e recuperar a autoestima do idoso. Tatiana Guedes, fonoaudióloga, sócia e diretora clínica da Sonoritá Aparelhos Auditivos explica que a primeira coisa a se fazer quando algum familiar não está ouvindo corretamente, é levá-lo a um especialista que vai analisar o estado da audição e apresentar os possíveis tratamentos. “Tenho percebido uma crescente preocupação dos filhos com os pais que apresentam a perda de audição, e um grande empenho para solucionar essa deficiência. Tem aumentado a busca por aparelhos auditivos por parte dos filhos, que buscam resolver essa questão e trazer qualidade de vida para os pais”, destaca.
O uso de aparelhos auditivos surpreende positivamente a maioria das pessoas. Melhora significativamente o convívio social, a auto estima e, inclusive questões como equilíbrio, atenção e memória. A pessoa volta a viver ativamente, participa das atividades, sai do isolamento imposto pela perda auditiva. “Nem mesmo o medo de sair de casa pode ser uma desculpa para não cuidar da audição, o Conselho Federal de Fonoaudiologia autorizou o teleatendimento. Tendo uma audiometria, é possível realizar uma teleconsulta, programar o aparelho de acordo com o tipo e grau de perda auditiva e entregar no conforto e segurança da casa do cliente para que ela possa realizar o teste sem custo algum”, ressalta a fonoaudióloga.
Cuidados ao falar com pessoas com perda auditiva
- Evite falar com alimentos na boca;
- Seja direto e evite frases longas demais;
- Falar uma pessoa de cada vez;
- Falar mais devagar;
- Conversar em ambientes silenciosos, sem muito ruído de fundo;
- Articular bem as palavras.
Ao lidar com uma pessoa com hipoacusia, o segredo é ter paciência. Por isso, não se irrite se ele falar “hã” diversas vezes. Lembre-se de que um dia pode ser você. “Se for preciso, repita a frase quantas vezes for necessário para que haja o entendimento. Se isso não acontecer, recorra a gestos, bilhetes ou outros recursos. O mais importante é que ele compreenda o que está sendo dito e que a comunicação aconteça”, conclui Tatiana.
Fonte: Tatiana Guedes Santólia Martini é fonoaudióloga sob o CRFa 6-3289. Sócia e diretora clínica da SONORITÀ Aparelhos Auditivos. Especialista em Audiologia, com vasta experiência em Seleção, Indicação e Adaptação de Aparelhos Auditivos.
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