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A cirurgia plástica pós-parto é recomendável?

Mais de 1 milhão de brasileiros já se submeteram a procedimentos estéticos no país. Correção abdominal após o período gestacional está entre as mais procuradas

A ISAPS, traduzida em português, Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética divulgou há poucos anos, que o Brasil é um dos países que mais realizam cirurgia plástica no mundo. Com uma conta que chega a mais de 1 milhão de pessoas, sendo que 969 mil delas, dão preferência para os procedimentos estéticos, principalmente, as mulheres.

E por falar nelas, é comum que após o parto a mãe se sinta inchada e que não agrade do corpo flácido, e muitas das vezes, acima do peso ideal para sua altura. Para os profissionais da saúde, as operações para reparar danos estéticos, em geral, são mais do que dispensáveis nesse momento (no pós-parto), são proibidas.

É exatamente nesse momento que muitas recorrem às clínicas de cirurgia plástica para tentar voltar ao corpo anterior à gestação através de procedimentos médicos. Segundo o cirurgião plástico, Jorge Menezes, em seu consultório, “o que mais se procura após o parto é a cirurgia de correção abdominal, a cirurgia de mastopexia (elevação da mama que está caída, às vezes precisa reduzir também), e a lipoaspiração na região dos flancos, que são os pneuzinhos)”.

O especialista recomenda que a mãe já não esteja amamentando quando for se submeter a uma cirurgia plástica. “Nesse período em que acabou de dar à luz, geralmente, a paciente ainda está amamentando. E se ela amamenta, ela retém muito líquido para produzir o leite, então ela está inchada, precisa tomar cuidado com isso. No pós-parto não se indica nada, o ideal é que a paciente faça a primeira cirurgia plástica, 5 meses após parar de amamentar”, explica.

Segundo ele, entre os 5 e 6 meses que a mulher encerrou o período de amamentação, ela já não está inchada e se encontra num padrão melhor para uma avaliação precisa do médico. Além disso, o risco de tirar um pouco ou muito antes desse tempo, é grande, diz o cirurgião.

Ele ainda alerta sobre os riscos de se fazer uma cirurgia plástica após o parto: “é altamente contraindicado. No resguardo o ideal é que não faça, a mãe pode estar com a imunidade baixa, retenção de líquido muito grande etc. A paciente precisa se recuperar, precisa amamentar. Nesse período é muito arriscado e fora o desconforto também”.

O que fazer para cuidar da estética no período pós-parto?

Procurar um profissional da área, é o primeiro passo que a pessoa precisa dar. O segundo passo, é manter uma hidratação contínua tomando muita água e se alimentando de forma correta e equilibrada. E o terceiro passo é, sob orientação médica, praticar atividades físicas e aeróbicas que auxiliem na perda de peso e medidas naturalmente, sem agredir a saúde da mãe e também do bebê.

Ademais, Jorge sugere os procedimentos complementares, que não são cirúrgicos e, em sua maioria, não oferecem riscos à paciente. “A cosmiatria, um lazer, um botox, um peeling, um fio de sustentação, um fio de PDO para estimular a formação de colágeno, mas isso tudo é facial. Nesse período ela pode também fazer o tratamento para as estrias, que aparecem muito nas pernas e no abdome, abaixo do umbigo, por conta do ganho de peso e distensão abdominal pelo crescimento do útero”.

Fonte: Dr Jorge Antônio de Menezes, Cirurgião Plástico titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Mestre em Cirurgia Plástica pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP – Escola Paulista de Medicina, 2017. Membro titular da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia. Proprietário da Esthetic Care – Clínica de Cirurgia Plástica e Medicina Estética. CRM – MG 19854