Jovem que morreu tentando entrar nos EUA é enterrado em MG

Sob comoção da família e dos amigos, foi enterrado neste domingo (4) o corpo de Jefferson Eduardo de Oliveira, de 20 anos, que morreu ao tentar atravessar a fronteira entre o México e os Estados Unidos. A despedida do rapaz ocorreu no local onde ele nasceu e cresceu, em Plautino Soares, distrito de Sobrália. Muitos dos presentes usavam camiseta com a foto do jovem e dizeres que destacavam a jornada do rapaz: “Ele se foi em busca de um sonho”.

Jefferson deixou o Brasil no dia 2 de novembro e foi encontrado morto pela polícia mexicana dez dias depois em um rio da cidade Nuevo Laredo, no estado Tamaulipas, México. Não há confirmação se o jovem morreu afogado ou se foi morto e jogado na água. O pai dele, Reginaldo Oliveira, ainda busca resposta a respeito das circunstâncias da morte. Reginaldo afirma que houve muita burocracia na liberação do corpo e que teve pouca ajuda do governo brasileiro para trazer o filho para ser sepultado na terra natal.

Após celebração, familiares conduziram caixão ao cemitério de Plautino Soares (Foto: Zana Ferreira/G1)Familia sofreu na despedida do jovem (Foto: Zana
Ferreira/G1)

“Ele tinha sonho dele. Eu já tinha ido e sempre falei com ele, nunca quis que ele fosse por esse caminho não”, lamenta o pai. Apesar da tristeza, ele afirma que traz algum consolo o fato de poder sepultar o filho e se despedir dele de forma digna.

O corpo do jovem chegou a Plautino Soares na noite deste sábado (3), ele foi velado com o caixão fechado no salão paroquial da igreja Nossa Senhora das Graças. No local, o pastor evangélico da igreja que Jefferson frequentava pediu orações pelo Brasil, para que consiga vencer as desigualdades sociais que fazem com que jovens deixam o país em busca de melhores oportunidades.

No fim da manhã, uma celebração foi realizada na igreja, e de lá o corpo seguiu para o cemitério, onde familiares e amigos se despediram com uma salva de palmas. A amiga da família Helena de Carvalho descreveu o sentimento da comunidade com o fato: “A gente sente que o coração tá partido, a comunidade inteira. Era um menino muito bom, que a gente viu nascer e crescer. Ele era  menino trabalhador, lutador, sonhador. É muito triste”.

Redação Conteudo Mineiro

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